sexta-feira, dezembro 11, 2015

Leituras de 2015: Top 5 estrangeiros

Pessoas Queridas,

Conforme combinamos, aqui vão minhas cinco indicações de livros estrangeiros.

Vocês perceberão que se trata de ficção mainstream, embora dois deles possam cair na categoria do realismo mágico, especialmente o de Murakami. De fato, apesar de eu ter lido bastante literatura fantástica este ano, a maior parte foi nacional, ou foram contos lidos isoladamente em e-book, ou volumes subsequentes de séries para jovens adultos que preferi não indicar pela segunda vez. Seja como for, dos romances estrangeiros lidos em 2015, estes foram realmente os que me agradaram mais, e aqui como sempre somos subjetivos, portanto... lá vai!




Contando estrelas, de Helen Dunmore. Este é um romance passado na antiga Roma, onde o poeta Catulo se apaixona pela esquiva (e muitas vezes irritante) Clódia. O relacionamento mantido às ocultas e as tentativas de Catulo de se manter perto de sua amada decorrem num cenário que me surpreendeu pela forma como é apresentado: com naturalidade, sem a tentativa de demonstrar para o leitor o quanto o autor pesquisou e sabe a respeito daquele período histórico. Não que Dunmore não tenha pesquisado: ela apenas dá ao casal e a outros personagens, como Lucius e Aemilia, o destaque devido, permitindo que sejam humanos antes de serem... romanos. Acho que é bem por aí.


Caçando carneiros, de Haruki Murakami. Após ter publicado a foto de um carneiro em uma revista, um publicitário é obrigado a partir numa jornada em busca da origem daquela imagem. O clima em que decorre a viagem é bem onírico, e é fácil nos deixarmos envolver por essa atmosfera e pela busca do personagem. Um livro menos denso que outros do autor, mas muito legal.



O Último homem na torre, de Aravind Adiga. Os proprietários dos apartamentos de um prédio em Mumbai formam uma comunidade harmoniosa, até o momento em que recebem uma oferta irresistível para vender seus imóveis. A resistência de alguns, em especial um velho professor, vai dar origem a uma guerra em que a verdadeira natureza de cada um irá se revelar. Vale a pena ler.


O Conto do covarde, de Vanessa Gebbie. No País de Gales, um menino vai viver com a avó e começa a ouvir histórias sobre os moradores do povoado, que giram em torno de segredos familiares e da explosão de uma antiga mina. Cada um dos homens, e o próprio menino, guardam uma relação com um dos doze apóstolos, e várias outras metáforas ficam patentes em todo o livro, que é sensível e bem escrito.


Garota exemplar, de Gillian Flynn. Um best-seller para terminar - mas tinha que ser, foi realmente um dos melhores que li este ano. Nesse thriller psicológico, a autora soube criar não apenas uma história muito bem bolada, sem pontas soltas (quem lê o que escrevo sabe que as detesto!) mas também dois personagens perfeitamente críveis que conseguimos compreender e absolver ao mesmo tempo que os achamos detestáveis. Li dois outros dela em seguida e também gostei, mas este foi o favorito. Recomendo, realmente.

*****

Bom, pessoal, é isso por ora. Alguém já leu um desses? Tem outras recomendações? Gostaria de saber de vocês!

E, seja como for, continuem por aqui. Semana que vem teremos o Top 5 Nacional, a Categoria Mista... e o início de um conto inédito para celebrar esta época do ano.

Até lá!

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