terça-feira, março 14, 2006

Retalhos de Prosa Solta

Oi, Pessoas, tudo bem?

Enquanto o próximo post literário não fica pronto, e atenta à possibilidade de uma greve dos servidores federais - se houver, como estou sem micro em casa, terei que recorrer às Lans - , resolvi deixar aqui alguns dedos de prosa solta. Só para registrar minha passagem pela Estante... que eu freqüento sempre que posso, é claro, para ler e me alegrar com os comentários. É bom saber que, embora relapsa para escrever e visitá-los, ainda tenho o carinho dos meus amigos.

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Bom, pra começar, um pouco sobre a viagem. Foi tão legal quanto eu imaginava, ou até mais. A serra gaúcha é seguramente um dos lugares mais lindos do Brasil, e à beleza natural se somam atrações maravilhosas que o povo criou por lá. A preferida da Luciana: o Labirinto de arbustos, na praça central de Nova Petrópolis, onde erramos entre sebes de 2 metros de altura até encontrar o centro. A minha: o Mundo a Vapor, na estrada para Canela, onde, entre outros modelos que funcionavam perfeitamente em pequena escala (olaria, usina, locomotiva...), visitamos a menor fábrica de papel do mundo. É incrível ver onde podem chegar o talento e o engenho de algumas pessoas!

Por falar em pessoas, tive o prazer de conhecer uma que, nos últimos meses, se tornou para mim muito querida: Adriana Paz, a "Drix", portoalegrense com quem travei contato através do Orkut e que hoje participa do blog-RPG baseado nos meus livros sobre o Castelo das Águias. O tempo que passamos juntas foi curto, pois ela só ficou em Gramado durante o Carnaval, mas foi o bastante para fortalecer o meu carinho pela Drix. Foi realmente um privilégio conhecê-la.

Lamento não ter podido, também, finalmente, conhecer o meu caro
Milton. É o terceiro desencontro, pois ele já esteve duas vezes no Rio e também não nos vimos. Mas sei que um dia há de acontecer.

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Pois bem, cheguei e tudo estava como antes. Ou quase: o Exército tinha ocupado algumas favelas do Rio,operação que durou cerca de dez dias. As manchetes dos jornais de hoje dizem que as forças armadas estão se retirando, sem ter encontrado as armas que procuravam; que sua saída foi aplaudida pelos moradores e que o tráfico voltou com força total.

Com essa e outras manchetes (como a da greve, que pode incluir a Polícia Militar) estampadas nos jornais, vi, no centro de Niterói, três soldados agrupados em volta da banca, discutindo num tom muito sério. Aproximei-me, querendo saber. Estavam falando sobre a possível vinda do Ronaldinho para o Flamengo. Ah, tá.

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Mas eu estou sendo terrivelmente injusta com os rapazes. Também não me ocupo dessas notícias e sim da minha ficção. Um Ano e um Dia, livro 2 da trilogia do Castelo das Águias, vai indo devagar, mas bem. Nas horas vagas, tenho lido Doris Lessing: os dois volumes da sua autobiografia - Debaixo da Minha Pele e Andando na Sombra - levaram á releitura de alguns contos e à compra do livro que é considerado a obra-prima da autora, O Carnê Dourado. Esse ainda não li, mas a protagonista é, parece, uma escritora chamada Anna Wulf. Ana Lobo. Eu venho constatando que sou um Coiote, cada vez mais.

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A greve do ano passado "comeu" minhas férias, e a viagem ao RS me deixou no "vermelho" no banco de horas, mas mesmo assim sonho com muitas outras. Com a "veia ficcional" aberta, não me mexo para marcar cursos e palestras - já aprendi a não me preocupar com isso : é um ciclo - , então em vez disso planejo viagens, ou talvez fugas, se formos um pouco mais fundo na questão. As factíveis: litoral paulista, Bonito, Maceió. As menos prováveis: Patagônia, Sete Cidades. E os países nórdicos, que talvez fiquem só no sonho mesmo. Quem sabe?

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Assim, bem ou mal, vou seguindo o caminho. Não me deixo abater pela falta de perspectiva porque estou conseguindo escrever - não em todos os lugares, não muito aqui, mas no meu próprio universo fantástico. Não é sempre que essa porta se abre, por isso estou indo em frente, deixando que se acumulem projetos e saudades. De tudo que eu ainda não fiz. De tudo (e todos) que eu ainda não vi.

Abraços pra vocês,

Até a próxima!

Ana

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